sexta-feira, 23 de maio de 2008


Mais uma vez eu comprovo
Tudo que é bom nessa vida é por acaso
Vem sem data marcada, é inesperado,
Sem nome, sem expectativa, sem rótulo,
E foi assim que surgiu um tal de Manero
Pensei que ia para o norte, mas fui para o sul
Pensei que ia com fulano, mas fui com sicrano
Achei que lavaria roupa, mas acabei sujando mais
E era Páscoa,
Não ganhei chocolate, mas o próprio coelho
Um coelhinho com cara de mau
Um coelhinho heavy metal
Um coelhinho que finge bem, mas não me engana mais,
Já descobri sua doçura
Achei que o coelhinho fosse embora com a Páscoa
Tão do nada, assim como surgiu
Mas a roda viva sacudiu a calmaria do meu lar
Voltou no dia seguinte
E no dia seguinte ao dia seguinte
Agora, para mim, todos os dias são Páscoa,
Há dois meses estou vivendo num mundinho açucarado,
E não é de chocolate,
É tudo culpa do doce Manero!
E amanhã? Não sei, mas hoje o dia está tão bonito!

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